Em 1899, o então diretor do Fogg Art Museum da Universidade de Harvard, Edward Forbes, comprou o quadro abaixo, (Madonna and Child with Saints) do pintor italiano Girolamo di Benvenuto di Giovanni del Guasta, datado do século 15.
Infelizmente a obra começou a desbotar rapidamente, obrigando Forbes a buscar uma solução de emergência e que acabaria se transformando em uma de suas maiores paixões: o estudo do processo de fabricação de tintas.
Desde então, Forbes passou a correr o mundo atrás de materiais que pudessem auxiliar na preservação de pinturas, especialmente os pigmentos, cada um com uma “receita” mais maluca do que a outra, como por exemplo, o “amarelo indiano”, feito com a urina de vacas alimentadas exclusivamente com mangas.
E foi assim que Forbes criou o Straus Center for Conservation and Technical Studies, uma coleção de pigmentos do mundo inteiro, armazenados em pequenas garrafinhas de vidro, da mesma maneira que as farmácias da época guardavam as substâncias de reparo e preservação dos humanos. Edward Forbes criou uma “farmácia de manipulação para de pinturas”, que hoje conta com mais de 2500 pigmentos criados em uma época bem mais aventureira e criativa do que os atuais pigmentos sintéticos (se bem que as vacas agradecem, já que todas morriam por causa da dieta de mangas, excelente para o mundo das artes mas péssima do ponto de vista nutricional)
Algumas Origens Curiosas
Ultramarinho Sintético: Descoberto em 1826, para produzir o pigmento que era caríssimo na época (por ser extraído da natureza) e fazer tintas para artistas.
Vermelho 254 (Ou Vermelho Ferrari): Um pigmento descoberto por acidente em um experimento feito em 1974, e posteriormente utilizando em Ferraris.
Marrom Múmia: Era um pigmento extraído de múmias egípcias, e foi muito popular nos séculos 18 e 19.
Lapis Lazuli: Um pigmento procuradíssimo, que era extraído das montanhas do Afeganistão.
Olha que legal Aga!
Ouvi pigmento, Fernando Caviquioli