O que se encontra é um mar de mesmice, que favorece fórmulas prontas, SEO de currículos, padronização de perfis, robôs de triagem e resultados que, em geral, nos levam à média, ou seja, medíocres.
A transformação das organizações passa essencialmente pela transformação da área de pessoas, que deveria ser, desde sempre, a mais estratégica em qualquer empresa. No entanto, o mercado ainda favorece os clichês da engenharia, finanças ou gestão.
Boa parte das vagas disponíveis descreve um perfil especialista, que descreve características técnicas, como um checklist para escolher o melhor computador. Daí eu pergunto:
- Como fazer um checklist para aspectos subjetivos, comportamentais e humanos?
- Onde estão as oportunidades para os generalistas?
- Por que tanta valorização da especificidade técnica, quando já temos evidências que a complexidade estratégica ou a inteligência emocional são diferenciais muito mais significativos entre profissionais?
Enfim, a maioria das empresas busca os melhores talentos, usando os mesmos filtros, métodos viciados e vieses ultrapassados.
Será que há espaço e coragem para desafiar o modelo atual e ser diferente? Muita gente diz que sim, mas na hora de fazer, o medo as leva a repetir os mesmos padrões de sempre: carne ou máquinas ao invés de cérebros.
Em 2019, escrevi um artigo que falava um pouco sobre isso: “VOCÊ NÃO CABE NO MERCADO MAIS NO MERCADO! E AGORA?”