A ação inédita de levar a arte de rua à fachada da ONU foi aprovada pelo Comitê da organização, que reconheceu que a arte de Kobra “é alinhada com os ideais das Nações Unidas”.
O conhecido muralista brasileiro Eduardo Kobra, 47 anos, trabalha dia e noite para finalizar até o dia 15 de setembro um novo mural de 24 metros de comprimento por 14 metros de altura (336 metros quadrados) – 45 ft por 78 ft (3606 sq ft), em uma das fachadas da Organização das Nações Unidas, em Nova York.
O mural surge em um momento importantíssimo, já que de 19 a 26 de setembro acontece na ONU a Semana de Alto Nível da 77.ª Assembleia Geral, a primeira totalmente presencial desde o início da epidemia do Covid-19. Sob o tema “Um Momento Divisor De Águas: Soluções Transformadoras Para Desafios Interligados”, representantes de 193 países, a maioria líderes mundiais, vão discutir questões como a reconstrução pós-Covid, Guerra na Ucrânia, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.
“Após receber o convite, pesquisei o tema da Assembleia Geral e vi que convergia para os assuntos que cada vez mais fazem parte do meu trabalho, especialmente a sustentabilidade. Pensei em um mural onde um pai entrega a Terra à filha. Desta forma, busco contribuir para a reflexão sobre qual é o planeta que queremos entregar às próximas gerações”
Eduardo Kobra
O artista contou com o apoio cultural da The House of Arts, plataforma de negócios contemporâneos que conecta todas as formas de manifestações culturais e autoexpressões em arte e moda, mesclando criadores, pintores, designers, visionários e empreendedores.
O novo mural, na ONU, segue a linha de temáticas utilizadas pelo artista ao longo de sua trajetória, como paz, tolerância, diversidade, segurança, desenvolvimento sustentável, refugiados e direitos humanos. O artista urbano foi convidado para pintar o mural pela Missão do Brasil na ONU, como marco da celebração do Bicentenário da Independência do País. O projeto foi aprovado pelo Comitê da ONU, que reconheceu que a arte de Kobra “é alinhada com os ideais das Nações Unidas”.