É a pergunta que não quer calar: afinal, a Inteligência Artificial vai ou não vai substituir o Designer Gráfico? Provavelmente não inteiramente, mas qualquer um que trabalhe com algum tipo de processo criativo deveria estar explorando as novas possibilidades porque o processo vai, sem dúvida, mudar (como sempre).
No video abaixo, uma “competição” entre o DALL-E e um Designer Gráfico. Ambos recebem a mesma missão: criar uma imagem a partir de um comando curto, como por exemplo “criar uma imagem de UM CERVO COBERTO POR PENAS”.
O resultado circula entre colegas para que descubram de quem são as imagens e quem cumpriu melhor a missão. Spoiler: as imagens de ambos são ótimas e a diferença mais importante, na minha opinião, é o tempo gasto, porque o valor da geração de imagens por I.A. (pelo menos neste momento) está na otimização do processo e não no produto. Ou seja, se as imagens são similares, mas o robo faz uma a cada 10 segundos o o designer leva um 1 dia inteiro de trabalho, isso significa uma diferença importante porque ao final do dia um oferece a possibilidade de uma produção por “tentativa e erro + ajustes finos” (um estilo de criação que é mais inteligente do que ficar “polindo” uma única opção) e o outro não.
Certamente os apps de I.A. e Designers trabalharão juntos, de forma complementar, como sempre acontece com novas tecnologias. O importante é saber como – e quando – usar. Por exemplo, aproveitando o grande volume de outputs gerados por máquina na etapa de ideation, como inspiração e base, e deixar a produção final por conta de um humano.
Geração de imagens por I.A. não é uma oportunidade de baratear aquele logo novo da sua empresa. É uma oportunidade de fazer um logo melhor, por conta do aumento de volume produzido e ajustado. Não é otimização de custo, é aprimoramento criativo.