Como conversar com o chatGPT? Conversando! Confira 5 dicas de como fazer isso

Pare de ficar fazendo malabarismo no seu prompt e apenas converse.
Como conversar com o chatGPT? Conversando! Confira 5 dicas de como fazer isso Como conversar com o chatGPT? Conversando! Confira 5 dicas de como fazer isso

Pô. Tá lá no nome: chat GPT.

O chatGPT não é o Google. Não é um mecanismo de busca, apesar das pesquisas serem uma parte importante da sua entrega.

Mas, depois de usá-lo por um tempo, vai ficando claro que a melhor estratégia de comando, acaba sendo mesmo a linguagem coloquial e, principalmente, o que eu chamo de “compartilhamento do problema”: conte pra ele o que te aflige, ao invés de pedir algo específico. Convide-o para mergulhar no problema, não para fazer X ou Y. Vamos falar sobre isso.

Paradoxalmente, pessoas menos ligadas em tecnologia comandam melhor

Na minha opinião, as pessoas que não são de tecnologia usam o ChatGPT MELHOR do que aqueles que elaboram exageradamente seus prompts (comandos). Os leigos podem não gerar o MELHOR prompt, mas na média, no volume, conseguem respostas melhores, meio que sem querer.

Outras IA também reagem assim. No MidJourney, por exemplo, muitas vezes prompts com 3 palavras funcionam melhor do que prompts com 50. Tanto é que o comando começa com /imagine… O nome disso é “método da invocação” e tem a ver com os primórdios da tecnologia generativa, que surgiu através das meta-descrições das imagens (para deficientes visuais) que, geralmente, são bem curtinhas.

Mas vamos ser práticos. Separei 5 dicas simples para comandar melhor seu amigo(a)(e) ChatGPT:

1) Pare de pedir informações ao ChatGPT. Converse.

O chatGPT não é aquela pessoa que fica no balcão de informações. Nem frentista. Pare de pedir informações.

“Qual é a população de Jundiaí?” Vai no Google. O Google é o Google. ChatGPT é um parceiro de bate-bola mental, inteligente e paciente.

EXEMPLO: Diga *porquê* você quer saber sobre a população Jundiá. “Estou começando um negócio de consultoria em Jundiaí, tenho R$ 100.000, dois filhos no ensino médio, estudei biologia, trabalhei para a McKinsey. Será que tem mercado?Me diga dez razões pelas quais minha empresa pode ter sucesso ou fracassar?”
Alimente-o com mais e mais detalhes sobre sua experiência de trabalho, família, etc. – é aí que a mágica acontece.

2) Simule pessoas reais para debater sua Grande Ideia antes de apresentá-la

Faça um teatrinho do seu trabalho no ChatGPT, que fará os papéis dos seus colegas. Olha que legal isso:

EXEMPLO: Diga ao ChatGPT

“Desempenhe 4 funções para mim: Seja o CEO, CMO, CTO e CFO da minha empresa (descreva a personalidade e o perfil de cada deles, tipo mais técnico, mais arrojado, mais conservador, passivo-agressivo, compete comigo, me sabota, me incentiva). Quero que todos eles desafiem a minha ideia “X” em busca de possíveis fragilidades.”

Passo Dois: Diga ao ChatGPT “Agora se passe por cada um desses executivos e me diga que tipos de críticas fariam.

Passo três: me sugira contra-argumentos para cada crítica.

Pronto. Você estará melhor preparado para a sua apresentação porque o chatGPT já te mostrou o que poderá acontecer e como reagir. Claro, não é uma fórmula, afinal você está no comando. Mas é um ótimo preparo. Diminuem as chances de você ser pego de surpresa sobre algo que não havia pensado antes. É o famoso “advogado do diabo”, com poderes GPTísticos.

Quer esnobar? Peça ao chat uma linha de contra-argumentação se o Steve Jobs estivesse defendendo a sua ideia! Ou o Einstein, ou o Didi dos Trapalhões, sei lá.

3) ChatGPT adora uma fofoca.

ChatGPT adora conversar e saber dos detalhes sórdidos!
EXEMPLO:
Não pergunte “Quais são as estratégias para lidar com um colega de trabalho irritante?”
Em vez disso, tente “Eu trabalho em uma fábrica de luvas de borracha, no controle de qualidade. Meu colega adora apontar falhas e fica falando de todos os possíveis problemas que podem acontecer, mesmo que não estejam acontecendo. Me sugira algumas maneiras de como lidar com seu comportamento e se existe uma atitude mais direta e prática que eu possa usar?”

4) Fale com ele como se fosse um amigo confiável e muito inteligente.

Você não liga para a Diretora da escola d seu filho e diz: Dona Rosângela, liste quatro maneiras pelas quais a escola prioriza os métodos de avaliação dos alunos”. A Dona Rosângela certamente pensaria que você está abrindo uma escola concorrente. Ou, que você é chato pacas.

Não seja chato! Seja CHAT! (tum-dum-piss!)

Não me entenda mal – você *pode* perguntar ao ChatGPT desse jeito, claro. Mas isso limita a participação dele. Relaxe e fale com ele como um amigo. Pergunte “meu filho é inteligente, mas vai mal em provas. Por que será?”

5) Pergunte e re-pergunte

Escrever é reescrever. E perguntar é re-perguntar. Até que ele entenda de fato o que você quer. O ChatGPT dará resultados diferentes à medida que você ajustar o texto. E, graças a Deus e ao contrário dos humanos (que costumam ser bem mais chatos), ele não vai reagir dizendo “ah, mas não foi isso que você perguntou antes…”, “ah, mas agora você tá querendo saber outra coisa…”.

O chatGPT é seguro de sí e não vai se importar e nem reclamar se você recusar suas respostas e refazer suas perguntas. Vai até começar a resposta com “Claro! Entendi! Obrigado por esclarecer mais! E blá blá blá…
Palavras diferentes provocam respostas diferentes. Tente novas palavras de comando, novos adjetivos, escolhas verbais. Tente mais detalhes (basicamente engenharia de prompt, olha que chique, você.)

Outra dica é perguntar se ele entendeu. Sim, funciona. Pergunte simplesmente “você entendeu?”. Se seu prompt for muito confuso, ele tenta ajudar nisso também.

É isso. Aproveite essa possibilidade de ter alguém para bater uma bola e que não vai te julgar nunca (tirando o GPT na versão Bing que é meio mal-criado, mas já estão ajustando).

O que você faz com o chatGPT, fica no chatGPT.

Quer dizer… não. Sei lá. Mas isso é outro papo, pra outro post.

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