Como fazer perguntas melhores: um guia prático para conseguir boas respostas

Como fazer perguntas certas pode mudar sua vida. Das coisas mais cotidianas às questões mais existenciais. Aprenda!
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Outro dia li um depoimento de um jornalista que falava sobre o privilégio que ele tinha, de poder fazer qualquer pergunta para qualquer pessoa, sem constragimentos. Afinal de contas, saber como fazer perguntas faz parte do ofício.

Como fazer perguntas?

Antes de desenvolvermos o tema, resolvi listar logo de cara os pontos principais sobre como fazer perguntas bem feitas. Você vai aprender a usar as mesmas técnicas, segredos e truques dos jornalistas, médicos e detetives!

  1. Mantenha sempre claro na sua cabeça o que você deseja saber. Capriche na mira para acertar o centro do alvo. Por exemplo, invés de ligar para o Shopping e perguntar se a loja X está aberta, pergunte qual o horário de funcionamento. Vai gerar uma resposta com mais informações.
  2. Use perguntas abertas: Perguntas abertas incentivam o compartilhamento de opiniões e experiências. Por exemplo, em vez de perguntar “Você gostou do filme?”, pergunte “O que você achou interessante no filme que assistimos ontem?”.
  3. Seja específico e claro: Evite perguntas vagas ou ambíguas. Por exemplo, em vez de perguntar “Como foi seu dia?”, pergunte “O que você fez de interessante no trabalho hoje?” Isso proporcionará informações mais concretas e vai estimular a conversa. Fiz um post inteiro sobre como aproveitar melhor aquele papinho no carro, quando a gente vai buscar os filhos na escola: “Não me pergunte mais como foi na escola hoje” (faça o teste, funciona muito!)
  4. Use palavras-chave relevantes: Incluir termos e palavras-chave relevantes para o contexto da pergunta. Por exemplo, se você está perguntando sobre um prato que alguém cozinhou, pergunte “Quais ingredientes você usou para fazer essa lasanha deliciosa?”
  5. Encoraje o diálogo: Faça perguntas que estimule a pessoa a participar da conversa e não apenas responder. Por exemplo, “Quais são suas sugestões para melhorar nossa rotina de exercícios?” Essa abordagem incentiva a participação e a colaboração.
  6. Fique atento e seja empático: Demonstrar interesse genuíno e compreensão do ponto de vista do outro é fundamental. Por exemplo, “Como você se sentiu quando perdeu o ônibus hoje de manhã?” Essa pergunta mostra empatia e interesse pelo entrevistado.
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“A sabedoria começa com a dúvida. Só quem duvida está em condições de fazer perguntas. E, ao fazer perguntas, pode-se buscar a verdade.”

Sócrates

Eu diria até que as perguntas são a melhor parte da nossa mais bem-sucedida invenção: a linguagem humana, a mais sofisticada do planeta. Dominar a arte de como fazer perguntas pode ir muito além da perseguição da resposta “certa”. Algumas, como as retóricas por exemplo, nem precisam de resposta nenhuma, são disparadas apenas como um incentivo ao raciocínio. Outras, tem o potencial de literalmente mudar sua vida (casa comigo?).

Outras conseguem um grau de intimidade as vezes maior do que a própria intimidade de dois corpos. São encontros de cérebros. Algumas vezes, de almas.

Perguntas são tão valiosas que tem até aquelas de um milhão de dólares:

“O que você faria se só te restasse esse dia?”

Enfim, perguntas não são pouca coisa! Fazem parte das nossas vidas e são um de nossos maiores “poderes”. Então por que não prestar mais atenção em como fazê-las?

BOA PERGUNTA! :)

Eu preparei algumas dicas práticas para fazer aprimorar e turbinar suas perguntas em situações cotidianas. Procurei usar exemplos simples e familiares. Vamos lá?

As 10 perguntas mais famosas de todos os tempos

As 10 perguntas mais famosas de todos os tempos podem variar de acordo com a cultura e o contexto, mas aqui estão algumas das perguntas mais conhecidas e citadas ao longo da história:

  1. “Ser ou não ser, eis a questão” – William Shakespeare (Hamlet)
  2. “Quem sou eu?” – A pergunta fundamental da filosofia e da busca pela identidade pessoal.
  3. “De onde viemos? Para onde vamos?” – Perguntas sobre a origem e o destino da humanidade.
  4. “Qual é o sentido da vida?” – Uma pergunta existencial clássica.
  5. “Podemos conhecer a verdade?” – Pergunta fundamental da filosofia e da epistemologia.
  6. “O que é o amor?” – Pergunta recorrente em poesias, músicas e discussões filosóficas.
  7. “O que é a felicidade?” – Uma pergunta comum na busca pelo bem-estar e realização pessoal.
  8. “Até onde a ciência pode nos levar?” – Pergunta sobre os limites e possibilidades da ciência e tecnologia.
  9. “O que é a arte?” – Pergunta sobre a natureza da expressão artística e sua importância para a humanidade.
  10. “Como podemos alcançar a paz mundial?” – Pergunta sobre a busca pela harmonia entre nações e indivíduos.

“Quem faz uma pergunta é tolo por cinco minutos; quem não faz uma pergunta permanece tolo para sempre.”

Provérbio Chinês

Como fazer perguntas: o que faz de você um bom questionador?

São três as qualidades que definem um bom “perguntador”:

1. Curiosidade

Como fazer perguntas

A curiosidade é algo importante DEMAIS porque impulsiona o aprendizado, a inovação e o desenvolvimento pessoal. É ela que nos permite expandir nossa compreensão do mundo e melhorar continuamente nossas habilidades e conhecimentos. Em uma conversa, ao contrário do que a maioria imagina, o “interessado” cativa mais do que o “interessante”. Perguntas genuínas são mais empolgantes do que aquele pitch pessoal. E, claro, bem mais úteis.

2. Finalidade

Um bom questionador sabe que tudo está na preparação. Não pergunte só no impulso. Seja intencional. Escolha suas palavras com propósito e certifique-se de estar perguntando no momento apropriado. Antes de começar a fazer sua pergunta, pense cuidadosamente sobre por que você está fazendo isso. Observe o que você espera aprender com a resposta.

3. Coragem

Uma característica crítica de um bom questionador é a coragem. Muitos confundem isso com ser cara-de-pau ou, pior ainda, lacração (bleargh). E na maioria das vezes realmente não passa disso. As redes sociais estão cheias desses “corajosos”de araque. Mas de vez em quando é preciso colocar o dedo na ferida e esse tipo de pergunta não é fácil. Mas pode ser justamente ela que vai nos levar ao ponto cenytral de um racicínio ou até mesmo em um ponto delicado de um relacionamento. Geralmente machucam, mas podem ser o caminho para se desatar os nós. 

Como você pode começar a fazer perguntas melhores?

A comunicação eficaz é vital para todos os relacionamentos. Aprender quais perguntas fazer pode melhorar a forma como você trabalha com os membros da equipe, sua habilidade de liderança e como você se comunica com seus colaboradores, amigos e parentes. 

Aqui estão nove dicas sobre como você pode começar a fazer perguntas melhores:

1. Seja um bom ouvinte

Quando alguém lhe der uma resposta ou explicar algo para você, preste atenção. De verdade.

Se você não ouvir corretamente (a tal “audição ativa”), pode acabar fazendo perguntas que já foram respondidas ou pouco relevantes. Ao se concentrar em ouvir, você evitará fazer perguntas muito generalizadas para as quais provavelmente já poderia saber a resposta. 

Quando alguém estiver falando, mantenha o contato visual e use linguagem corporal como acenar com a cabeça e inclinar-se para mostrar que você está envolvido (não se preocupe muito com isso, se você estiver realmente interessado, é algo que acontece naturalmente). Saber como fazer perguntas passa por ser um bom ouvinte, antes.

2. Não tenha medo de fazer MAIS perguntas

“Aquele que pergunta é um tolo por cinco minutos, mas aquele que NÃO pergunta, permanece tolo para sempre.”

– Provérbio Chinês

Se você ainda está confuso/curioso sobre alguma coisa, continue perguntando. Talvez seja a primeira vez que experimenta fazer uma nova receita na cozinha ou quer aprender no MidJourney e no chatGPT :) corretamente. Perguntas erradas não existem — especialmente se você nunca fez isso antes. Pense desta forma: se você não fizer sua pergunta, vai incomodar ainda mais lá pra frente no processo.

3. Pesquise

Você entende completamente o que está perguntando e por quê? Pode parecer meio esquizofrênico, mas procure saber o que está perguntando.

Pense em suas intenções para poder elaborar perguntas que lhe darão respostas significativas. Considere o seguinte: 

  • Você está procurando dados ou uma opinião? 
  • Quão formal ou informal você deve ser ao fazer sua pergunta? 
  • Você está procurando confirmação ou insight, respostas ou explicação?
  • Você sabe o que vai descobrir ou as informações serão surpreendentes?
  • Você está buscando um território em comum ou a empatia da outra pessoa?

As pessoas não podem responder adequadamente se você não perguntar adequadamente. É aquela famosa expressão “pergunta idiota, resposta cretina”. Aprender como fazer perguntas é, antes de mais nada, um sinal de respeito.

4. Deixe as perguntas e respostas te conduzirem

Todo mundo sai do assunto às vezes, mas isso nem sempre é uma coisa ruim. A conversa pode fluir em muitas direções diferentes antes ou depois de sua pergunta ser respondida. Os psicanalistas são craques nisso e trabalham com essa estratégia. Em vez de entrar em pânico e pensar que você só precisa discutir a questão, veja para onde a conversa vai. 

Tente relaxar e não pense que todas as instâncias que todas as perguntas devem ser formais.

 5. Use o silêncio a seu favor

Perguntas não precisam ser metralhadas e não precisam ser uma conversa rápida. Pausar para ouvir entre as respostas dá a você tempo para pensar sobre o que foi dito e fazer perguntas de acompanhamento melhores. 

Também não se sinta pressionado a responder rapidamente. Respostas rápidas podem atrapalhar o fluxo da conversa. Você não quer se sentir apressado ou apressar os outros, então aprenda a se sentir confortável com o silêncio e dê a si mesmo tempo para pensar. 

6. Faça perguntas investigativas

As perguntas de sondagem são ótimas para promover o pensamento crítico, aprender algo novo ou entender como uma pessoa pensa.

Uma pergunta que envolva e leve a outra pessoa a explorar seus pensamentos demonstra que você está curioso sobre o que ela tem a dizer. E fazer perguntas que incentivem a exploração de emoções e ideias levará a conversas mais frutíferas. 

Aqui estão alguns exemplos:

  • Qual você acha que é a melhor solução para o desenvolvimento de um novo aplicativo?
  • Como você decidiu que esse era o curso de ação correto?
  • O que você tem medo que aconteça se fizermos isso?
  • O que faremos se nosso pior cenário se tornar realidade?

7. Mantenha suas perguntas curtas

Uma pergunta prolixo mostra uma falta de autoconsciência . Pode acabar confundindo alguém mais do que deveria. Você deseja fornecer detalhes suficientes em sua consulta que resumam o que você está procurando em resposta, mas nada demais. 

A pessoa a quem você está perguntando só deve ouvir sua pergunta uma vez, não três ou quatro vezes. Concentrar-se em fazer perguntas abertas em uma frase ainda pode iniciar uma boa conversa. 

8. Acerte sua sequência

Tenha empatia pela outra parte . Nem todo mundo pode se abrir imediatamente e responder a perguntas pessoais com facilidade. É por isso que você deve saber o quanto confia na pessoa e manter seus sentimentos em mente .

Se você estiver tendo uma longa conversa com muito o que cobrir, pense um pouco na ordem de suas perguntas. Você pode não querer começar com perguntas delicadas ou desafiadoras. Comece fazendo perguntas básicas e fáceis antes de entrar nas emocionais. 

9. Use o tom apropriado

Todas as perguntas têm propósitos e significados diferentes por trás delas. Alguns são sérios, enquanto outros são alegres e divertidos. É importante saber quando você deve ter um tom profissional ou sério e quando pode ser casual.

Ser flexível e ajustar seu estilo é fundamental. Ser excessivamente formal em todas as situações pode deixar as pessoas desconfortáveis ​​e inibir sua vontade de compartilhar informações. Quando fizer sua próxima pergunta, observe as vibrações na sala ou com a pessoa com quem está falando. 

O que evitar ao fazer perguntas

Definir o tom certo é fundamental para fazer com que o respondente se sinta confortável o suficiente para responder de forma honesta e completa. Aprender a explorar sua inteligência emocional e ler a sala são ótimas maneiras de melhorar a qualidade da conversa em sua vida profissional ou privada. 

Quando aprendemos habilidades de comunicação que fazem a outra pessoa se sentir segura, desenvolvemos relacionamentos mais profundos com amigos, parceiros e colegas e lideramos equipes de pessoas mais fortes . 

Aqui estão três coisas a evitar ao fazer perguntas:

1. Evite perguntas indutoras

Aqui tem a questão do famoso viés de confirmação, recurso usado muitas vezes de forma pouco profissional por alguns jornalistas mais preocupados em doutrinação do que em investigação e esclarecimento. Uma pergunta principal já pressupõe uma resposta. 

A essência e principal propósito das perguntas é descobrir e aprender algo novo com a resposta. Mantenha sua pergunta clara, simples e se possível, sem viés.

2. Não ignore os sinais

Para aprender como fazer perguntas é preciso uma boa leitura das pistas verbais e não-verbais que o respondente está nos enviando. 

Responder a perguntas nem sempre é fácil, e isso pode aparecer. Preste atenção na linguagem corporal da pessoa . O corpo deles está apontado para você ou eles estão virados? Eles mantêm contato visual ou evitam olhar para você? Seu tom, velocidade e volume sugerem que eles se sentem confortáveis ​​ou angustiados?

Se a outra pessoa está mostrando que está desconfortável, respeite o espaço dela – você provavelmente não está obtendo respostas boas ou honestas, de qualquer maneira. Deixar a pessoa desconfortável não criará confiança nem ajudará você a obter as informações de que precisa.

Você deve aprender quando usar a assertividade como uma técnica de questionamento se alguém parece estar retendo informações necessárias. Ser respeitosamente insistente com um funcionário que você suspeita estar mentindo não é a mesma coisa que ser implacável com alguém que compartilha uma experiência vulnerável.

3. Não faça perguntas do tipo “Sim” ou “Não”

Perguntas fechadas que exigem apenas uma resposta “Sim” ou “Não” são ótimas para confirmar informações, não para avançar em uma conversa. Para manter a conversa fluindo, faça perguntas que levem seu parceiro de conversa a explorar e desenvolver ideias. 

Continue perguntando, sempre!

Perguntas, como mencionei no início desse texto, são parte da vida. E aprender a desenvolver essa arte vale a pena, já que é algo que você deve continuar fazendo sempre. 

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