Enquanto trabalhei no marketing de grandes marcas, lançar campanhas em horário nobre, ganhar prêmios nos mais renomados festivais e avançar no market share de uma determinada categoria, por exemplo, eram metas a serem atingidas, festejadas e comemoradas.
Hoje, a maior das conquistas, sem dúvida, seria construir uma comunidade sólida em torno dos produtos ou serviços da empresa. Sem desmerecer todas as outras metas e tarefas, claro.
“O FATO É QUE COMUNIDADE É A BOLA DA VEZ NAS DISCUSSÕES SOBRE COMUNICAÇÃO.”
Livros sobre o assunto estão sendo publicados e o tema pautou debates no SXSW desse ano.
Os desafios
São grandes para se construir uma comunidade consistente, numerosa e longeva e eu destaco 4 motivos pelos quais a formação e manutenção de uma comunidade é uma atividade complexa, mas deve ser prioritária às marcas:
#1 Longo prazo
Quando falamos em comunidade, falamos, necessariamente, em investimentos e esforços de longo prazo e as empresas, no geral, têm muita pressa e urgência pelos resultados.
#2 Amadurecimento
A marca que está disposta a formar uma comunidade precisa estar aberta a aprender com as pessoas, a ouvir suas reais necessidades, a se conectar com as suas emoções e isso é um processo longo e demanda vontade genuína para amadurecer as ideias com o passar do tempo.
O que quero dizer é que nem sempre a ideia inicial que você tem para unir e manter aquela comunidade unida vai funcionar. A questão é ter persistência e humildade para fazer correções de rota.
#3 Propósito
Produtos e serviços não são suficientes para engajar pessoas em torno de uma comunidade. Elas precisam de uma motivação maior, precisam de um propósito.
Um exemplo: mulheres não vão se unir em torno de absorventes porque consomem por necessidade o produto todo mês, mas, se há uma marca que está ajudando a ressignificar a relação dela com a menstruação e com o feminino, a coisa toda muda de figura, entende?
#4 Novidades
Para perdurar, uma comunidade precisa de estímulos, incentivos e novidades constantes.
Quando eu digo que comunidade, hoje, vale mais do que ouro em Cannes e posso provar, não estou blefando. Tenho embasamento em dois fatos principais. Um deles, é acompanhar muito de perto esse mercado do marketing de influência.
“VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR O QUE SERIA DOS INFLUENCIADORES NÃO FOSSE UMA COMUNIDADE EM TORNO DO QUE ELES TÊM PARA OFERECER?”
Pode ser qualquer coisa: conhecimento profundo em automóveis, estilo de vida iogue ou turismo de mochila. Eles têm uma capacidade absurda de reunir gente interessada no que eles têm para compartilhar.
Trabalho com marketing de influência há mais de dez anos, então, divido minha experiência:
“A FORMAÇÃO DE UMA COMUNIDADE DEVE SER ENCARADA COMO UM PROJETO DE FÔLEGO E É TRABALHO PARA UMA EQUIPE, NÃO PARA INDIVÍDUOS.”
Para não perder a brincadeira das redes sociais: me chame para mais dicas sobre comunidades 😉
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