O norte-americano Colin O’Brady se tornou o primeiro homem a atravessar a Antártida sozinho – a pé e sem pedir ajuda de ninguém. Ao todo, foram 54 dias de caminhada e mais de 1500 quilômetros percorridos, durante os quais ele enfrentou obstáculo como as baixíssimas temperaturas e os ventos fortes.
Todo o processo foi registrado diariamente em sua conta do Instagram, incluindo detalhes de suas refeições, de suas estratégias para driblar o frio e as paisagens encantadoras que apareceram ao longo da jornada.
A rotina da trajetória incluía acordar às 06h10 da manhã, acender um fogão portátil no gelo do vestíbulo da tenda e ferver água para a primeira refeição do dia, que era composta normalmente por aveia com azeite e proteína em pó. Para Colin, que tem 49 anos, os primeiros cinco dias foram os mais emocionantes: “Estava chorando, frustrando e fisicamente abalado.”, disse ao New York Times.
Durante a longa viagem, as músicas e os podcasts, como “The Rich Roll Podcast” e “The School of Greatness” foram os grandes companheiros de Colin, que se distraia com eles para esquecer o cansaço. Na mesma entrevista ao veículo norte-americano, ele revelou que um dos álbuns que mais escutou foi “Graceland”, de Paul Simon, que ele diz ter ouvido mais de cem vezes.
E, por que o post? No 35º dia, o próprio Paul Simon bateu um papo com ele por telefone.
Aqui, o relato:
“Dia 35: FANBOY DANCE PARTY FOR ONE.
Ontem à noite uma surpresa maravilhosa me ocorreu. @jennabesaw (sua mulher) me disse que eu precisava ligar para um número específico. Eu pensei que era uma entrevista ou algo assim. Eu disquei o número e adivinha quem atende o telefone?! Paul Simon! O homem, o mito, a lenda. Acontece que ele ouviu (obrigado @eorlins por fazer a conexão inicial) que eu estava ouvindo Graceland na minha jornada e queria se aproximar. Tivemos uma conversa maravilhosa por 30 minutos no meu telefone por satélite. Nós conversamos sobre muitas coisas, mas deixando de lado a celebridade e a fama, o que mais me impressionou foi falar com ele sobre seu processo de criatividade e trazer uma obra-prima como Graceland para o mundo. Sou fascinado por conversar com pessoas que trabalharam a vida toda e colocaram seu coração e sua alma em busca de seu melhor desempenho, independentemente do ofício ou da ‘tela’. Embora sua expressão seja música e meu esporte de resistência, nós dois poderíamos nos relacionar tanto com a mentalidade necessária para tentar nos apresentar nesse nível. Ele me perguntou há quanto tempo eu havia treinado para este projeto, e eu ri e disse: ‘Bem, toda a minha vida, eu acho”.
Demais, não?
Fica aqui, o Graceland:
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