Lucius A. Fontenot nasceu na Louisiana e aprendeu a fotografar logo quando pequeno, pois seu pai transformou seu banheiro em uma câmara escura.
Sua carreira começou com filmagens de shows pelo estado nos anos 90 e, no meio dessa história, se ligou às tradições locais – como matanças comunais de porco conhecidas como boucheries e o Courir de Mardi Gras, evento tradicional realizado em comunidades do sul da Louisiana na terça-feira que antecede a quarta de cinzas.
Justamente por ser anterior à Quaresma, os celebrantes bebem e comem muito. Todos os anos, Fontenot registra imagens de descendentes do “Pelican State” que perseguem galinhas, escalam telhados, montam cavalos, bebem e andam mascarados nas festas. A série é chamada “Mémoire de la Boue”.
Conhecido popularmente como “Fat Tuesday”, o evento atrai agricultores, comerciantes, trabalhadores de campos de petróleo e enfermeiras “normais” à primeira vista, mas que se vestem com trajes coloridos, cantam, dançam e bebem pela rua principal. Liderados pelo Le Capitaine, um ancião de cavalo, coletam ingredientes de todos os que ainda não estão no desfile.
Ao fim do dia, todos comem de um caldeirão gigante.
Para Fontenot, essas são as lembranças mais loucas de toda sua trajetória na fotografia. “O Courir de Mardi Gras nos leva a um lugar primordial. Um lugar parecendo distante da nossa realidade imediata. Um homem altamente intoxicado dançando em seu cavalo enquanto equilibrava uma lata de cerveja na cabeça – isso é normal no Mardi Gras”, disse o fotógrafo em uma de suas declarações.
As imagens, registradas em preto e branco, trazem um ar ainda mais sinistro para a série. Veja alguns dos registros:
Bruno Mantovanello Ferreira
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