O gráfico acima mostra o tempo médio de duração das 200 músicas mais tocadas em 2017, 2018 e 2019. Algumas considerações logo de cara: o gráfico é meio misterioso e simplista, mas com excessão de alguns pontos bem fora da curva, dá para enxergar, de fato, um declínio no tempo médio das músicas. Outro ponto a ser levado em conta é que, se observarmos um período de tempo maior e voltarmos até a década de 50, 60, etc vamos poder observar que essa linha oscila muito. na década de 50, provavelmente teríamos músicas super curtas, como era típico da época. Já na década de 70, cheia de rocks progressivos, as músicas ficaram bem mais longas.
Isso posto, eu diria que é um gráfico que pode induzir a interpretações apressadas – e erradas. mas, de qualquer forma, o tópico é sempre interessante. Como anda nossa paciência e nossa atenção em relação à música? Hoje em dia ninguém mais escuta um álbum inteiro de uma vez, e o stream certamente ajudou a mudar o comportamento porque todo mundo passa faixas com muito mais frequência, sem dar muito tempo de “entrar” na música. um fenômeno que acontece basicamente com todo tipo de conteúdo, a famosa “snack culture” prevista no começo dos anos 2000.
Enfim, taí o gráfico dos últimos 3 anos. Serve mais como uma desculpa para se discutir e refletir sobre o tópico, que é interessante.
Os dados vieram do Spotify.
ótima observação! sugiro usar um gráfico do Tipo Dispersão, acredito que a visualização e entendimento (estatístico) será melhor!
abraço.
Fabiano
Verdade, com certeza o gráfico poderia ser bem melhor.. Mas o maior ruído mesmo é esse corte de apenas 3 anos em uma curva tão instável, que induz ao erro de interpretação. No fim das contas, vale aquela média dos 3 minutos, a duração mais clássica de todas. O mais interessante é mesmo pensar sobre nossa capacidade de concentração e tb o quanto disso foi imposto pelas rádios, pela ind fonográfica, etc. So sei que ando pulando faixas, parágrafos e tudo mais que pode ser “skipado”, como nunca.