Mais que criatividade. Mais que conteúdo. Mais que técnica.
Muitas vezes a gente quer tanto encantar os outros (seja numa apresentação profissional, numa palestra, num post ou numa mesa de bar), que acaba passando do ponto e perdendo justamente o ingrediente mais poderoso que temos, a autenticidade. Foi ensaio demais, planejamento demais, tudo certinho demais.
Parece que, de alguma forma, nós todos somos aparelhados para identificar e nos conectar imediatamente com o que é verdadeiro. É o que explica quando alguém, sem qualquer preparo, nos emociona contando algo muito pessoal. Não foram as palavras, foi um brilho nos olhos, uma empatia instantânea que faz você baixar a guarda, desligar o julgamento crítico e simplesmente emparelhar.
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O Seth Godin outro dia falou que a melhor dica que ele poderia dar para alguém fazer uma boa palestra era subir no palco e despejar amor para a platéia. Sim, sim, piegas, mas é amor no sentido de entrega total, de querer genuinamente contar alguma coisa para as pessoas. E até hoje nunca ouvi um conselho melhor e mais simples. Claro que preparo é importante, mas na hora de dividir tem que ser de verdade.
Nesses tempos de amor digital (lá venho eu com minhas críticas sociais, favor relevar) e um milhão de amigos, aprendemos que nem os pombinhos do Skinner a buscar likes e acabamos desenvolvendo personagens, sem perceber. No timeline pode até funcionar, mas pra vida real é um desatre, afinal de contas, querer agradar a todos é a maneira mais rápida de acabar com a autenticidade.
Enfim, esses dois videos, com os sensacionais Louis C.K. e George Carlin são uma aula de vida.
Uma lembrança e uma celebração ao prazer (e a eficiência) de ser o seu melhor e mais difícil personagem: você mesmo.
Afasta a cadeira aí e invista uns minutinhos nos videos, vale muito a pena.
Louis CK honors George Carlin
Why it’s important not to give a shit
Pra ouvir a caminho da sua próxima sessão de encantamento alheio (alto!):
Muito bom. Pra ler e ver toda 2a feira de manhã antes de tudo.
Vou imprimir esse post e colar na cabeceira da minha cama.
Não tem muito mais o que dizer: genial. Ótimo post, Wagner.