As séries dos serviços de stream trouxeram uma nova maneira de consumir esse tipo de conteúdo. Muitas vezes as temporadas são lançadas com todos os episódios disponíveis, o que é um convite quase que irresistível às famosas maratonas. Mas não é apenas o consumo compulsivo. O excesso de ganchos narrativos e a maneira como as narrativas se desenrolam também trazem oscilações que muitas vezes frustram o espectador que acaba percebendo uma certa patinada na história. Fica aquele meio termo entre filme e novela. E o pior: muitas vezes as séries simplesmente deixam de existir, sem qualquer explicação no roteiro. Isso acontece por causa da popularidade da série: agradou, continua. Não agradou, puxa-se o plugue da tomada.
Esse fenômeno não é muito visível para aquele espectador que costuma não correr muito risco e que acaba assistindo os títulos mais populares, que certamente têm mais do que uma temporada. Mas quando olhamos para o catálogo como um todo fica claro como trata-se de um grande banco de apostas. A enorme maioria (em amarelo no gráfico abaixo) não passa para uma segunda temporada.
O gráfico também avalia a duração dos filmes de longa metragem, com a maioria ficando entre uma e duas horas, nada muito surpreendente nesse quesito.