Vai ser difícil ser imparcial. Meu pai trabalhou a vida inteira na GM e cresci exposto a essas duas letras, um G e um M, dentro de um quadrado azul.
Papel timbrado, canecas, casacos, canetas, copos… lá em casa tinha sempre algum objeto com esse quadradinho da GM. Faz parte da minha memória afetiva e com certeza de muitos outros por aí que fizeram e fazem parte dessa empresa e dessa marca tão longeva. Tem sempre um pai, um avô, um tio de alguém. Da época em que as empresas carregavam aquela coisa de “grande família”.
A nova é BEM diferente.
Uma mudança radical, ousada e diria que, proposital, já que a indústria automotiva passa por enormes mudanças no mundo todo. Motores que usam fontes de energia não-renováveis como o petróleo precisam mudar para os motores elétricos e o próprio relacionamento das pessoas com o produto carro já não é o mesmo, com novas formas de se ir de A a B que dispensam a propriedade de um veículo automotivo. Um novo logo vem para mostrar uma predisposição em abraçar e se adaptar ao novo (update or die…).
O logo traz agora as letras G e M em caixa baixa, dentro de um box em outline de cantos arredondados, tudo bem mais leve.
O sublinhado fica abaixo apenas da letra M e o motivo é justificado por um pretenso “plug de eletricidade” insinuado no espaço negativo entre a letra e o underline. Claro que a explicação ficou com cara daquelas viagens de branding que ajudam a justificar coisas já que um plug elétrico não é o mesmo no mundo todo. Sem falar no fato de que qualquer letra M ter esse “espaço negativo” desde sempre. Mas vá lá, dá para enxergar e traz a tal da eletricidade, tudo bem. A versão 01 é essa com o gradiente (remete a um céu azul sem emissão de carbono), mas a mais bonita e mais forte, na minha opinião, é a black mesmo.
O novo logo vem acompanhado de um novo comercial que tem até o Malcolm Gladwell como “influenciador das mudanças”, uma escolha interessante.
Que incrível! Após ver o Hummer Ev, dá para ver que eles não vão recuar. O call for everyone foi de mais!