A notícia oficializada neste domingo, 18, de que a P-MRC Holdings está comprando 50% do South by Southwest (SXSW), teve uma repercussão intensa no Brasil, assim como a relação que muitos brasileiros possuem com o evento. Por vários anos, a delegação brasileira esteve entre as três maiores fora dos Estados Unidos.
O fato de a dona de títulos como Rolling Stone e Billboard ter agora, parte relevante em um dos maiores festivais de música e inovação do mundo aparece como um alívio, sobretudo, depois do duro golpe sofrido pela organização em março do ano passado, quando o evento precisou ser cancelado às vésperas. Neste ano, a edição foi totalmente digital.
O Wall Street Journal, ao noticiar a compra, pontuou os desafios financeiros vividos pelo SXSW. Ainda em 2020, com o cancelamento, um terço dos funcionários do evento foi demitido. Ao WSJ, os organizadores chegaram a afirmar que caso a política de reembolso considerasse pandemias, o prejuízo seria ainda maior. A estimativa é que a receita do evento, antes da Covid-19 chegasse a US$ 100 milhões. Uma das estratégias de reduzir o impacto foi transferir as credenciais para a próxima edição física, em 2022.
Oficialmente, em comunicado, a P-MRC defendeu que o investimento “aporta conhecimento em mídia e novas possibilidades de inovação de um evento icônico”. “Foi um período incrivelmente difícil para as pequenas empresas, incluindo o SXSW. Quando Jay Penske nos abordou com o interesse em se tornar um parceiro, foi uma verdadeira salvação”, disse Roland Swenson, CEO do SXSW, em comunicado. Ele ainda afirmou que as duas empresas compartilham de expertises e paixões pelo conteúdo de forma relevante. “Agora, estamos focados no evento de março de 2022 e temos a honra de embarcar em um novo capítulo do SXSW.”
Jay Pense, CEO da Penske Media também falou sobre a parceria: ” Como parte desse investimento significativo, planejamos construir sobre a base do SXSW, ao mesmo tempo em que estendemos a plataforma digitalmente e auxiliamos Roland e sua incrível equipe a levar sua visão a patamares ainda maiores.”
Volta às origens
A P-MRC, além da Rolling Stone e Billboard, também é dona de títulos comoThe Hollywood Reporter, Variety, Deadline, e possui participação no site Music Business Worldwide. Com isso, o SXSW retorna às suas origens musicais, de quando surgiu em 1987 na cidade de Austin como uma forma de promover as bandas em ascensão que viajavam pelos Estados Unidos.
Crédito da foto ao topo: John Rocks – Creative Commons
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Caramba! Rolling Stone, Billboard e… SXSW! Vem coisa boa aí. Realmente muda a realidade do SXSW, não apenas pelo aporte financeiro e estrutural mas, se Deus quiser, pelo resgate da essencia do evento. Torcendo!