Corre, corre, corre! Depois de uma estreia bombástica e da previsível invasão de marcas e especialistas de toda espécie sobre todo e qualquer assunto (nada mais perigoso do que um open mic generalizado), o Clubhouse adiantou sua chegada ao sistema Android depois de amargar uma queda de 3 meses seguidos no iOS segundo o relatório da empresa Sensor Tower. Quer dizer, “adiantou” é modo de dizer porque a base de usuários do sistema Android é muito maior e idealmente deveria ter sido lançada simultâneamente com a dos proprietários de iPhones. E o motivo da pressa são soluções similares já aparecendo em concorrentes de peso.
De março de 2020 (época do lançamento) até agora, o Clubhouse acumulou 10 milhões de downloads na App Store. Já no Android, o app já alcançou a marca de 1 milhão de downloads no Google Play em apenas uma semana. O desembarque no Android rolou no início de maio nos Estados Unidos, com expansão gradual para outros países ao longo da semana passada. Aqui no Brasil, ele chegou no último dia 18, mas ainda é necessário de convites para usá-lo — quem não tem, pode apenas reservar o nome de usuário.
O desempenho no iOS deixou dúvidas sobre a viabilidade do aplicativo ou sobre o futuro dele como uma rede social estável, com uma curva de adoção intensa (com o apoio de influenciadores como Elon Musk e Mark Zuckerberg que contribuiram bastante para o buzz na época), mas com dificuldade de sustentação.
De dezembro para cá, os principais concorrentes começaram a trabalhar suas próprias versões voltadas para chat de áudio. O pioneiro foi o Twitter e o seu recurso chamado Spaces, por enquanto liberado apenas para pessoas com mais de 600 seguidores. Depois, houve o anúncio do Facebook/Instagram de adaptações dos seus sistemas para abrigar salas exclusivas para lives de conversas.
Ainda tivemos aplicativos como Discord, Reddit, Telegram e Slack com potenciais versões em desenvolvimento. O Spotify até adquiriu um aplicativo que já tinha o mesmo propósito, porém com enfoque no público esportivo, para adaptá-lo ao mercado fonográfico e cultural.