Alguns livros entram naquela categoria dos “revisitados”. Um livro revisitado não é lido por inteiro uma segunda vez, mas tem alguns trechos que valem a pena ver de novo. Pra quem gosta de fazer highlights, é prática comum. O próprio Kindle oferece recursos para facilitar esse processo.
Separei aqui 10 livros (em Inglês porque as traduções costumam me incomodar, mas todos com linguagem super simples) para compartilhar com você, nesses tempos de tantas leituras pesadas e complicadas, esses 10 são uma benção. Recomendo.
01. Livro: The Know it All (A. J. Jacobs)
O A.J. Jacobs é o nerd mais nerd que eu conheço. Ele era editor-chefe da Esquire, mas abandonou tudo para escrever seus livros. Em todos eles, Jacobs acaba assumindo o papel de cobaia de seus próprios experimentos malucos, como no caso, ler a Enciclopédia Britannica INTEIRA. Uma tentativa (bem humorada) de tentar saber tudo sobre tudo.
O livro é ele compartilhando com você, em textos curtos, os assuntos mais interessantes que ele foi encontrando.
Leitura leve e divertida.
02. Livro: How We Got to Now (Steven Johnson)
Seis inovações que nos trouxeram até onde estamos. Coisas, como o vidro ou a refrigeração, que tiveram um impacto muito maior do imaginávamos porque acabaram viabilizando um monte de outras inovações (o vidro virou óculos, virou fibra ótica, virou internet de banda larga e por aí vai).
Absolutamente fascinante.
Em português: De onde vem as boas ideias
03. Livro: SUM (David Eagleman)
O Pra começar, o cara tem nome de super-herói: Eagleman.
Apesar de ser o homem-águia, David caiu do telhado de sua casa quando era criança e desde então desenvolveu uma obsessão pela percepção do tempo.
“SUM“, é uma coleção de 40 contos com 40 possibilidades do que pode acontecer com você depois que morrer. É uma delícia de ler, um conto melhor que o outro, todos bem curtinhos. Cheio de imaginação, humor e inteligência. Já esteve na lista dos Best Sellers da Amazon UK, da Time, do The Guardian, do The Week, da Wired, entre outras. Dá pra matar numa sentada.
Em português (“A Soma de Tudo”) você compra aqui.
04. Livro: Nobody Wants to Read Your Sh*t (Steven Pressfield)
Uma verdade absoluta que, mais cedo ou mais tarde, qualquer um que escreva profissionalmente aprende (ou deveria): ninguém quer saber dos seus textos. Mas isso não é para deixar ninguém desmotivado, pelo contrário. É justamente quando você entende que as letrinhas serão seus únicos soldadinhos no front (como nesse exato instante em que você está lendo esse texto) você entende o valor da edição na escrita.
Você entende que suas palavras estarão na frente dos seus leitores, sem você ao lado para explicá-las e que, portanto, terão que se virar sozinhas. Nessa hora você entende seu oficio (bem diferente do que fazem os influenciadores, que jamais contam só com texto e preferem quase sempre videos justamente por isso.
05. Livro: Thanks a Thousand (A. J. Jacobs)
Mais um do A.J. Jacobs. O “Thanks a Thousand” segue a mesma linha do jornalismo experimental que comentei lá em cima no item 01 e conta como e porque Jacobs resolveu agradecer as milhares de pessoas que estão por trás do café que ele toma todos os dias. O fazendeiro, o barista, a mulher dos pesticidas, o motorista do caminhão que leva os grãos… todo mundo. Foi um por um, seguindo o caminhão dos grãos. Segundo o A.J., isso ajuda a mudar a maneira como enxergamos o mundo e nos faz perceber o esforço de centenas de pessoas por trás das coisas mais banais do nosso cotidiano.
06. Livro: Tribe of Mentors (Tim Ferris)
Bom, esse foi feito para ser revisitado. Sempre. Para o Tribe os Mentors, Tim Ferris entrevistou 100 personalidades de diversas áreas (os mentores), sempre com as mesmas 11 perguntas. Conversou com o o Kelly Slater, o Jimmy Fallon, a tenista Maria Sharapova, o Yuval Noah Harari (do Sapiens), o Neil Gaiman, o Ashton Kutcher, a Susan Cain (autora do ótimo livro “Quiet”), o Tim Urban (do “Wait But Why”) e mais um monte de gente.
Em português: Uma tribo de Mentores
07. Livro: The End of Absence (Michael Harris)
O que não falta por aí são livros que mostram o que ganhamos nos últimos anos. Esse, mostra o que perdemos. Mas não deveríamos ter perdido.
A premissa é a seguinte: se você nasceu antes de 1985, você faz parte de um clube muito especial: a última turma do planeta que viveu SEM e COM internet. Qual a vantagem disso? Nenhuma, não se trata de haver uma vantagem nesse fato, apenas uma característica de um grupo de pessoas que são as únicas e as últimas que de fato viveram essas duas realidades e puderam experimentar (e portanto comparar) dois mundos que bem diferentes.