A Adobe anunciou ontem que vai adquirir a empresa de software de design Figma, em um acordo no valor de cerca de US$ 20 bilhões em dinheiro e ações. As ações da Adobe caíram 17%, sua maior queda desde 2010.
A Figma foi fundada em 2012 e ganhou fama através do seu software de design baseado em nuvem, que permite que as equipes colaborem em tempo real e que compete diretamente com o XD da Adobe. A previsão é que a empresa deve gerar mais de US$ 400 milhões em receita anual recorrente.
Isso significa que a Adobe está pagando cerca de 50 vezes a receita em um momento em que as vendas múltiplas de software em nuvem estão diminuindo drasticamente em relação aos recordes alcançados no ano passado.
O que deve mudar no Figma
A Adobe disse que integrará alguns dos recursos de seus outros produtos, como tecnologia de ilustração, fotografia e vídeo, na plataforma Figma. A Adobe vende uma variedade de serviços de software para profissionais de foto e vídeo, como Photoshop, Illustrator, Premiere Pro e muito mais.
“A grandeza da Adobe está enraizada em nossa capacidade de criar novas categorias e fornecer tecnologias de ponta por meio de inovação orgânica e aquisições inorgânicas. A combinação da Adobe e Figma é transformadora e acelerará nossa visão de criatividade colaborativa.”
Shantanu Narayen, CEO da Adobe
Assim que o acordo for fechado, o cofundador e CEO da Figma, Dylan Field, continuará administrando a empresa. Ele se reportará a David Wadhwani, presidente do negócio de mídia digital da Adobe.
A Adobe também anunciou os resultados fiscais do terceiro trimestre. A empresa divulgou lucro de US$ 3,40 por ação, ajustado, superando as estimativas da Refinitiv de US$ 3,33 por ação. A empresa registrou US$ 4,43 bilhões em receita, o que correspondeu às expectativas dos analistas de US$ 4,43 bilhões.