Para além do Globo de Ouro: cinco filmes brasileiros para assistir! 

Quer descobrir outros bons filmes nacionais? Olha só essa lista!

A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro por “Ainda Estou Aqui” foi uma tremenda surpresa. Mas esse não foi o primeiro grande prêmio vencido por ela. Fernanda já levou a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival de Cannes em 1986 por “Eu sei que vou te amar”, dirigido por Arnaldo Jabor. Um filme lindo e sensível sobre o fim de um relacionamento. Para aproveitar essa onda ótima que vive o nosso cinema, quer descobrir outros bons filmes nacionais disponíveis no Globoplay? Olha só essa lista! 

Jogo de Cena

Fernanda Torres é uma das atrizes desse belíssimo trabalho de Eduardo Coutinho. Um documentário ou ficção? Não se sabe, já que as artistas interpretam histórias de outras pessoas e de si mesmas. Coutinho filma como um maestro rege, tirando dessa sinfonia algo tão belo e profundo que vai grudar na sua cabeça por dias. 

Saneamento Básico, o filme 

Só o cinema brasileiro faria um filme como esse. Na história, Fernanda Torres interpreta uma cidadã comum que precisa burlar a burocracia brasileira. O município não tem dinheiro para a criação de uma fossa. Mas tem verba para a secretaria de audiovisual. Daí, o grupo de moradores decide fazer um filme baratérrimo e usar o dinheiro restante para o saneamento. Contudo, o que sai dessa crítica genial dirigida por Jorge Furtado é que a cultura deve ser tão básica e acessível quanto qualquer outro direito. Filmaço! 

Cena de festa animada em ambiente elegante.

Tudo bem 

Arnaldo Jabor dirigiu “Tudo bem” em 1976, em plena ditadura militar. O filme bebe um pouquinho de “O Anjo Exterminador”, de Luis Buñuel, ao contar a história de uma família classe média do Rio de Janeiro. Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo interpretam o casal principal. Da mistura toda que o filme é, poucas cenas são tão belas e tristes quanto Zezé Motta – que faz a empregada – dançando na cozinha enquanto canta “Como nossos pais”. 

Mato Seco em Chamas

Dizer que esse filme é um “Mad Max em Brasília” ajuda a resumir, mas não revela tudo o que “Mato Seco em Chamas” pode oferecer ao espectador. Muito do que é feito aqui já foi glorificado em produções europeias: o uso da câmera documental, um elenco de atores não-profissionais, o registro lento do cotidiano e uma contextualização que é política sem ser panfletária. Bem brasileiro e forte, assistir esse filme é uma baita experiência! 

Três verões

Regina Casé mostra (de novo) seu tamanho como atriz ao dar vida a Madá, uma governanta de uma casa de praia cujos patrões estão sendo investigados e presos. O filme se aproveita dos vários escândalos de corrupção vividos ao longo dos tempos no Brasil, mas a história não está presa nisso. Comédia divertida, original e reflexiva. 

Carvão

O cenário é uma carvoaria e a vida de uma família que esconde um criminoso para ganhar um dinheiro por fora. Só dá pra dizer isso. Dirigido com originalidade por Carolina Markowicz, quanto menos você souber sobre a história, melhor. Mas assista. “Carvão” é um filme excelente sobre como os desejos mais ocultos podem vir à tona. 

Lúcio Flávio, o passageiro da agonia

Se Martin Scorsese dirigisse um filme brasileiro, provavelmente seria algo como “Lúcio Flávio, passageiro da agonia”. O submundo do crime, o nascimento de um anti-herói, o contexto histórico e as zonas cinzas onde as pessoas vivem constrói esse thriller tenso e bastante crítico.