25 anos de Ghost In The Shell: exibição especial no SXSW

25 anos de Ghost In The Shell: exibição especial no SXSW 25 anos de Ghost In The Shell: exibição especial no SXSW

Apenas atrás do clássico cyberpunk Akira (1988), Ghost In The Shell (1995), dirigido por Mamoru Oshii, é provavelmente uma das obras de animação japonesa mais importantes de todos os tempos.

Por coincidência, as duas histórias tratam de um futuro distópico. Enquanto no excelente Akira, a decadente Neo Tokyo é pano de fundo da violência de gangues de motoqueiros, teorias da conspiração e poderes sobrenaturais, em GIT, a policial ciborgue Mokoto Kusanagi luta para levar justiça às ruas da metrópole japonesa.

O SXSW ganha uma exibição especial comemorando esses 25 anos (vai ser bom assistir no telão). 

O mangá criado por Masamune Shirow em 1985, e a sua consequente primeira animação, foram influências diretas à criação das parábolas de MATRIX, por exemplo. A história debate questões éticas, filosóficas e sociais do encontro entre a humanidade e a tecnologia, além do desenvolvimento da inteligência artificial e a onipresença dela para definir limites da nossa identidade e consciência.

Não é nem um pouco curiosa essa exibição especial de 25 anos no SXSW: na mesma semana chega às telonas americanas a versão live action do anime, que promete contrariar a má fama dos filmes adaptados em Hollywood. Aliás, esse é um dos maiores medos dos fãs da obra: que ela não se torne um verdadeiro fiasco como as versões hollywoodianas de Dragonball Evolution e Street Fighter, por exemplo.

Há anos fala-se de uma adaptação de Akira, mas nenhum diretor teve a audácia de seguir em diante com o projeto, tamanho o puritanismo dos fãs. Compreensível, não? Mal comparando, veja só quantas tentativas até alguém finalmente acertar um bom filme sobre a história de Wolverine.


Voltando a Ghost In The Shell, a grande polêmica ao redor do longa foi o casting da protagonista, a americana Scarlett Johansson. Será que é impossível despertar interesse e criar um blockbuster sem ferir a cultura pop japonesa? Mas… convenhamos, ela é boa. Play no trailer aqui:

Críticas à parte, os produtores e o diretor Rupert Sanders prometem fidelidade máxima à obra. Nos primeiros teasers, os efeitos especiais, ângulos da câmera e figurinos chamaram a atenção pela semelhança.

Pra quem ainda não assistiu a versão original, vale (e muito) a pedida.

[signoff]

11 comments

Deixe um comentário