Frases que servem para fazer hambúrguer e para criar projetos

Como seria o hambúrguer ideal, se você fosse o responsável por criá-lo? Vale jogar um monte de ingredientes sofisticados, tipo vieiras salteadas em vinho rosé da Provence, ou um “pão, carne e queijo” perfeitamente executado venceria no final?

O papo pode parecer meio louco (e dá fome), mas serve de inspiração não só para fazer uma receita caseira, mas também para qualquer projeto criativo – de criar uma campanha publicitária a decorar a sala do apartamento novo. E eu só percebi isso ao bater um papo semana passada com George Motz, o maior especialista do mundo em hambúrgueres, em sua rápida passagem por São Paulo. Consideração importante: nesse papo consideramos “hambúrguer” o sanduíche em si, não apenas a carne.

Motz é um showman. Já comeu mais de 15 mil hambúrgueres, a maioria obviamente nos Estados Unidos. Conhece a(s) história(s) de como o lanche mais famoso do mundo nasceu, tem guias de lanchonetes, livros de receita e até reality show na TV americana. E para ajudar ainda mais no paralelo, ele é cineasta e diretor de fotografia, com três Emmy’s no portfólio.

Mesmo assim, seus preferidos ainda são os que lá atrás ajudaram a tornar essa uma das mais populares e globalizadas refeições do mundo. Ainda que valha muito ter elementos mirabolantes aqui e ali como opção, sem a sustentação fundamental de uma boa carne (desculpem-me os vegetarianos) e ingredientes clássicos e frescos, qualquer outra coisa é… frescura.

“O primeiro exemplar feito em uma hamburgueria, como conhecemos, nasceu por volta de 1900 e era servido com carne, queijo e cebola entre torradas – porque provavelmente era o pão que havia disponível. Só depois que vieram os tradicionais. Durante muitos anos, a cultura do hambúrguer foi evoluindo, até que mais recentemente começaram a colocar qualquer coisa no lanche, de chocolate a macarrão e todo tipo de lixo. Agora, felizmente, tudo está voltando a ser mais simples de novo, e a qualidade volta a ser o principal diferencial. No final, a simplicidade sempre vence”, destacou Motz.

No workshop que participei, o expert preparou três das mais de 30 opções do seu livro de receitas, “The Great American Burger Book”. E algumas das dicas dele cabem bem naquela brincadeira de “Frases que servem para fazer hambúrguer e para criar projetos”:

– “Quanto mais frescos e de melhor qualidade os ingredientes, maior a chance de você estar fazendo algo realmente bom. Não colocar qualquer coisa e esperar um bom resultado”;

– “Criatividade é muito importante, mas ninguém consegue viver de sofisticação o tempo todo. Na maioria das vezes, menos é mais”;

– “Em algumas lanchonetes, coloca-se a cebola em cima do hambúrguer e os pães em cima da cebola, porque descobriram que o vapor dela deixa eles mais macios e saborosos. Às vezes segredo do sucesso vem de uma reação simples, natural e inesperada”;

– “Um expert é, por definição, quem consegue somar paixão e conhecimento. E o que ajuda muito, no meu caso, é ser focado 100% em hambúrguer – e em especial no americano. Se eu misturasse pizza e hot dog, estaria perdido”;

– “Existem centenas de formas de fazer. Não há fórmula certa ou ideal. O que é preciso é ser bem feito e ser gostoso” (tá, essa cabe pra mais coisa ainda…).

Motz sabe bem explorar seu conhecimento. Não à toa, ganhou a alcunha de maior especialista do mundo em um assunto onde tanta gente gostaria de sê-lo. Faz de tudo – inclusive seus próprios hambúrgueres –, aparece em tudo, mas deixa eles como protagonista, ao invés de estampar sua cara na capa dos livros. Afinal, quem tem que vender são eles: livros, programas de TV e principalmente hambúrgueres, nesse caso. Com isso, o sucesso dele é consequência.

Reprodução do hambúrguer feito desde 1900 na Louis’ Lunch, em Connecticut, preparado por Motz (e devorado por mim)

Ah! Vale o crédito: quem trouxe George Motz ao Brasil desta vez foi a Heinz, que começou nesta semana seu 2º Concurso Heinz Burger, para escolher o melhor hambúrguer caseiro do Brasil. A competição é aberta a qualquer um que tiver sua própria receita (até vegetariana!), que passará por uma pré-seleção e terá a decisão final a cargo de um júri com o próprio Motz como integrante. O vencedor leva R$ 5 mil, um ano de catchup Heinz e ainda terá o lanche inserido em algumas das melhores hamburguerias de São Paulo. A ação foi idealizada pela Loures Consultoria e realizada pela agência BFerraz.

O site dele é bem anos 90, mas se quiser mais informações sobre o George, tem aqui!

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