Depois de divulgar que os usuários perderiam as funcionalidades, gradativamente, caso não aceitassem os novos termos de privacidade do aplicativo, o WhatsApp voltou atrás.
A decisão vem após usuários e órgãos reguladores de diferentes países, incluindo do Brasil, pressionarem a empresa por explicações sobre a obrigatoriedade do compartilhamento de dados exigido pela companhia.
A página de dúvidas do WhatsApp foi atualizada e já passa a informar que, apesar de a maioria dos usuários ter aderido à novidade, a empresa não tomará medidas mais restritivas, nem insistirá em notificações para incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo.
“No momento, não temos planos para exibir esses lembretes de maneira persistente nem para limitar as funcionalidades do app”, disse o comunicado.
Em comunicado ao portal de tecnologia The Next Web na última sexta-feira (28), a empresa de Zuckerberg afirmou que a decisão considerou as discussões recentes com autoridades e especialistas em privacidade.
No Brasil, órgãos nacionais responsáveis pela proteção de dados e pela defesa do consumidor, como o Procon-SP, alertaram o mensageiro sobre possíveis violações às leis do País.
Antes da decisão, os perfis que não concordassem com as novas regras não poderiam acessar a lista de conversas ou responder mensagens pelo app, usando apenas as notificações do celular como opção de resposta.
Após algumas semanas, o aplicativo pararia de enviar mensagens, receber notificações ou chamadas. O WhatsApp só voltaria a funcionar normalmente quando o usuário aceitasse os novos termos de privacidade. Por enquanto, essas restrições foram tiradas de circulação por tempo indeterminado.
Mas é sempre bom manter na memória o tipo de relacionamento pretendido entre uma marca e seus clientes/consumidores/usuários, não é mesmo?
Resumindo: o WhatsApp (Facebook) não desistiu dos seus dados, apenas desistiu de puni-lo caso você não coopere. Recursos não serão mais limitados mas você vai continuar recebendo alertas insistentes para abrir mão da sua privacidade.