Neste vídeo informativo, o Google explica como seu algoritmo exibe os resultados de buscas quando ocorre um momento crítico, geralmente porque há uma emergência em andamento ou algum evento sério ou surpreendente sobre o qual todos estão procurando informações. Neste caso, os resultados “normais” são modificados para se adaptarem um pouco às informações mais relevantes, mostrando notícias, páginas de informações oficiais, mapas, números de emergência e outros links que possam ajudar.
Se muitas pessoas começarem a pesquisar “incêndio perto daqui”, “incêndio florestal”, “como me salvar em caso de incêndio” e assim por diante, o Google pode agir de acordo. Essa parte do vídeo, aliás, me lembrou da famosa cena de IT Crowd :
O fato de todas essas notícias serem agrupadas como tendência define os trending topics “normais”. Para ajudar, o Google pode usar não apenas os termos de pesquisa, mas também os links em que as pessoas clicam, o horário, a geolocalização e outras informações disponíveis.
Naturalmente, o vídeo do Google não explica como as forças do mal (marcas, políticos, conspiradores, etc) usam exatamente essa mesma dinâmica para tirar vantagem desse algoritmo. Há quem dispare buscas massivas de termos específicos, com o propósito de desinformação, manipulação ou simplesmente de brincadeira.
O Google não é o pior caso nesse cenário; em outros serviços é bem mais sério: no Twitter, por exemplo, “carvar um trending topic” é algo que as agências oferecem abertamente e não são baratas. Basta um número suficiente de contas falsas habilmente gerenciadas (bots) de maneira coordenada para elevar os mais irrelevantes, desinformativos ou interessados ao topo.
Uma guerra sem fim entre algoritmos usados para o bem e o mal.