Em 2022, a Havaianas se uniu à ONG Gerando Falcões, que atua em cerca de 6 mil favelas do Brasil, para lançar a coleção “Quebrada Cria”, com 7% do valor das vendas revertidos para os projetos da Rede.
Agora as marcas convidam mais três artistas da quebrada para estampar os novos produtos da coleção, que começam a ser vendidos a partir de 17 de abril, com pré-venda a partir de 14 de abril.
“Ficamos tão felizes com o sucesso da coleção que Havaianas virou tela em branco mais uma vez para mostrar toda a potência criativa da quebrada. Queremos que a favela ocupe cada vez mais espaços físicos e culturais na nossa sociedade, dar mais visibilidade para essas pessoas é só o primeiro passo de uma longa caminhada”,
Beto Funari, CEO da Alpargatas
Lilo Viana (de Beira Rio, em Paranaguá, Paraná), Suellen Rodrigues (de Jurema, em Caucaia, Ceará) e Vicente Santeiro ( de Paço da Pátria, em Alecrim, Rio Grande do Norte) foram os artistas selecionados através da curadoria de potências artísticas da Rede da Gerando Falcões para a segunda edição da coleção. “Pedimos aos artistas que mostrassem como eles enxergam a favela do futuro e o resultado foram estampas cheias de cores e que emanam alegria e leveza”, completa Beto Funari.
A nova coleção Havaianas Quebrada Cria estará à venda em lojas físicas e e-commerce Havaianas de todo o Brasil, além de lojas de departamento e grandes redes varejistas.
“No ano passado a coleção Quebrada Cria foi um dos maiores cases de Havaianas, e tenho certeza que, com tanta criatividade e inovação envolvidos, a nova edição terá um sucesso ainda maior. Estamos muito felizes e empolgados com esse trabalho. A nossa gratidão é imensa porque, além de toda a beleza do projeto, ele nasce do coração das favelas que atendemos e parte do valor é revertido para o combate à pobreza”
Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões
Para essa edição, a agência Gana, que também criou o conceito da campanha de lançamento da coleção em 2022, criou a nova campanha “Ocupando espaço a cada passo”, que traz uma provocação para que toda a potência criativa, inovação e tecnologia da quebrada seja cada vez mais reconhecida e chegue ainda mais longe.
Havaianas Quebrada Cria por Lilo Viana
O modelo criado por Lilo Viana (PR) retrata o futuro da quebrada como um pequeno e sereno rei, que pode ocupar qualquer espaço, sem esquecer suas origens. Os punhos cerrados representam toda a favela que vibra por ele. “Sua vestimenta de rei é simbólica e quer dizer que ele, e apenas ele, é senhor de seu próprio futuro. E mesmo que este menino rei possa ser levado a lugares altos e distantes, sempre carregará consigo o orgulho de sua origem, sem nunca perder o laço que o conecta à sua casa. Seu reino pode ser a favela, pode ser o mundo, pode ser o que ele desejar”, avalia.
Havaianas Quebrada Cria por Suellen Rodrigues
A arte de Suellen Rodrigues (CE) mostra que a favela é muito mais do que a violência e a precariedade tão divulgada, representando o futuro através de uma personagem mulher, negra, que flutua da janela para o mundo, conquistando prêmios e mostrando sua potência. “Quero mostrar para o mundo que dentro das comunidades há vida, talento, cor, abundância de conhecimento e, o mais importante, a humanidade. Acredito que toda essa força presente nas favelas do Brasil irá transcender as fronteiras do preconceito e conquistar uma visibilidade muito maior do que já se foi feito até agora, sendo através de prêmios, ações físicas ou intangíveis e, que um dia, toda essa imagem criada sobre a favela vai se dissipar no meio de tanto brilho e ascensão”, explica.
Havaianas Quebrada Cria por Vicente Santeiro
Vicente Santeiro (RN) retrata através das suas cores e analogias futurísticas um ambiente saudável, onde todos os direitos e deveres dessa quebrada estão em total harmonia com o bem-estar de todos. “Essa harmonia ocorre não pela imposição de leis, mas por um senso de responsabilidade e amor à convivência em coletividade, ornamentado pela beleza da ‘simples’cidade’ e singeleza, tendo também como pano de fundo as cores da nossa brasilidade, o mar, as matas e vegetação, e tendo o sol, como grande luz, que irradia beleza e harmonia a essa cultura brasileira, sadia, pacífica e feliz”, conta.